

Isso não significa dizer que a culpa é nossa. Talvez sejamos complexos demais para “caber” em espaços pequenos. Sabe aquela sensação de não se encaixar direito nem na foto do Instagram? Onde você acaba tendo que cortar a paisagem que adorou, ou até mesmo suas pernas? Pois é, muitas vezes nos sentimos assim, sem poder nos mostrar por completo. E então permanecemos sendo metade.
Ao ler essas linhas, talvez você pense que possa ter chegado o momento de deixar de ser pouco, de demonstrar pouco, e começar a mostrar exageradamente o tanto de coisa que vive dentro de você. Ou talvez, você pense que é tudo baboseira e que está satisfeito com a vida que leva, mesmo que ela seja diminuída, encaixada no espaço que as pessoas acham suficiente para dedicar a você.
Permita-me dizer apenas mais algumas palavras, vai chegar um tempo em que você irá precisar por um fim nessa necessidade de tentar fazer parte de tudo, de caber nos ambientes, de ser aceito por todos, e por isso mudar traços da sua própria existência. Isso é extremamente custoso, desconfortável e entediante.
Por isso, há tempos resolvi viver o conforto de ser completamente eu, mesmo desajeitada, mesmo não sendo aceita por todos, mesmo muitas vezes não sendo o que as pessoas esperavam de mim. Escolhi o meu conforto, o meu jeito, a minha felicidade. Decidi que a minha própria história é boa e agitada demais, para eu ter a necessidade de me encaixar na dos outros.
Talvez, ainda hoje o mundo seja pequeno demais para o que quero seguir, viver, sentir. Mas tenho certeza que estou sendo COMPLETAMENTE eu, como um filme que merece toda a atenção do início ao fim.
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